Actividades

Wednesday, March 14, 2007

ACÇOM DA ASSEMBLEIA DE PRECÁRI@S CONTRA O GRUPO INDITEX


Aproveitando que a semana passada foi o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora e dous dias depois o Dia da Classe Obreira Galega, dias de luita em que recordamos a morte de obreiras e obreiros quando defendiam os seus direitos valentemente e de maneira consequente, decidimos fazer umha acçom contra a multinacional todopoderosa da roupa de moda, o Grupo Inditex.

Indústrias de Desenho Textil S.A. (e as suas 8 cadeas comerciais Zara, Pull and Bear, Massimo Dutti, Stradivarius, Bershka, Zara Home, Oysho e Kiddy´s Class) e bem conhecida mundialmente pola distribuiçom de peças de roupa de desenhos inovadores, juvenis e modernos a baixo preço, mas tamém pola terrível exploraçom a que som submetid@s diariamente milheir@s de menin@s e mulheres que trabalham nas suas fábricas em China, Indonésia, Arteijo ou qualquer outro lugar do globo. Fábricas clandestinas e ilegais em muitos casos, mulheres e menin@s trabalhando sem nengum tipo de contrato nem seguridade, por salários miseráveis em jornadas de sol a sol. Estas pessoas com o seu trabalho som as que permitem que esses mal-nacid@s e corrupt@s directivos comam quente todos os dias, possuam iates, carros e chalés impressionantes, avions privados com que viajam dum lugar a outro com as suas festas glamurosas e depois saiam na revista Forbes como pessoas honestas e emprendedoras.

Inditex é umha de tantas empresas que reforçam, criam necessidades e se lucram com o modelo corporal femenino imposto por esta sociedade. Inventa necessidades e complexos artificiais sobre como deve ser o nosso corpo, contribuindo para a baixada da nossa auto-estima, para sentirmo-nos mal com nos mesmas e aumentando doenças como a anorexia em milheiros de moças.

Aliás utiliça, para anunciar todos os seus produtos e para a contrataçom das dependentas, critérios sexistas e que nom fam mais que cousificar-nos as mulheres ao ofertar-nos como mais um produto.


Escravismo, machismo, sexismo, precariedade, valores jerárquicos ... sobram as razons. Pois bem: saímos à rua, no dia 13 de Março a meia tarde, um grupinho de precári@s armad@s com uns questionários feitos por nós, como se fôssemos trabalhadores/as da própria empresa a perguntar aos e às consumidoras. Durante hora e algo estivemos cubrindo os inquéritos dentro e fora de Zara, Pull and Bear, Stradivarius e Bershka. Inquéritos originais, como veredes, que suscitárom todo o tipo de reacçons.


Depois, quando levávamos a metade de inquéritos repartidos, reunimo-nos nos banquinhos da Praça Vermelha a conversar. De repente, vemos aparecer 4 celulares da Polícia Nacional de que se baixam 10 polícias que, depois de um visual à praça, decidem pedir-nos a identificaçom. Lá começou a discussom típica quando aparecem estes indíviduos, o que nom fijo outra cousa que despertar a curiosidade sobre o que estávamos fazendo das dúzias de pessoas que passavam pola rua nesse momento; instante aproveitado por nós para repartirmos o resto dos inquéritos e berrarmos um pouco contra Inditex, a precariedade laboral e a funçom repressora da Polícia.


Em breve subiremos um pequeno vídeo da acçom.





Inquérito aos consumidores e consumidoras do Grupo Inditex.



1.- Acredita você que há vida fora dos Centros Comerciais?
a) Rudimentária e infra-humana.
b) A ciência nom pudo estabelecê-lo com certeça.
c) Si, afortunadamente os nossos mísseis estám a acabar com ela.
d) Quando compro nom penso nisso.

2.- Como lhe parece que o critério de selecçom das dependentas seja somente físico?
a) Normal.
b) Suponho que tamém contará se som disciplinadas e podem sorrir muito.
c) Correcto, eu nom vou a Zara manter conversas.
d) Bem, eu compro mais facilmente se a rapaça que vende é atractiva.

3.- O Grupo Inditex, entre outros, tem-se queixado de que, embora se lhes permita interromper os filmes da TV com anúncios publicitários, nom podem, por contra, utiliçar as obras clássicas da pintura e escultura. Tendo em conta que tarde ou cedo estas demandas serám atendidas, que parte do corpo da “Gioconda” elegiria você, para situar o anagrama de Zara, Bershka ou Pull and Bear?
a) Na fronte.
b) Entre os seos.
c) Na roupa, logicamente.
d) Pensava que a Gioconda a criara a casa Inditex.

4.- Que pensa você que tem em comum um livro, um Mercedes Benz, umha mulher, um vestido de noite da amálgama Primavera-Verám e um conjunto de lenceria Oysho?
a) Que os cinco som objectos.
b) Que os três últimos vende-os o Grupo Inditex.
c) Que os cinco podem adquirir-se com cartom de crédito.
d) Nunca compraria um livro.

5.- Quant@s menin@s de países do Terceiro Mundo estaria você disposto a sacrificar para encher todo o seu armário de roupa do Grupo Inditex?
a) Depende da qualidade da roupa.
b) Mais de três pareceria-me mal.
c) Até mil, mas só negros ou árabes.
d) Todos os que figer falta, a condiçom de nom inteirar-me.

6.- Representantes da nossa cadea Massimo Dutti explicam por que custa, logicamente, 3490 euros um “esmoquim” de seda: tem que ser feito por menin@s –que cobram 14 céntimos a hora- com os seus “pequenos dedinhos”. Você pensa que é justo pagar esse preço?
a) @s menin@s poderiam cobrar um pouco menos.
b) Poderia-se-lhes ensinar a utiliçar tamém os pés.
c) @s menin@s merecem o nosso sacrifício.
d) Demonstrar que se é mais rico nunca é demasiado caro.

7.- É bem conhecida a paixom do nosso presidente, Amáncio Ortega, polos cavalos de raça. Cada um vale mais de 600.000€, e a sua manutençom sobre 14.000€ ao ano. Para ter umha boa colecçom de cavalos, pensa que deveria aumentar de 10 a 12 horas a jornada laboral das miles de mulheres que trabalham nas fábricas repartidas polo mundo, ou bem diminuírem os seus patéticos salários?
a) Se estás acostumada a trabalhar 10 horas, por mais duas nom lhes passará nada.
b) Reduziria os salários, fás sempre gastos que realmente nom som necessários para a
sobrevivência.
c) Nengumha, recurtaria gastos nas condiçons de seguridade e salubridade das fábricas.
d) Eu coleccionaria “Ferraris”.

8.- Aproximadamente 86% d@s 60.000 assalariad@s de Inditex som mulheres, havendo umha paridade de género nos altos postos de Gestom e Direccçom. Nas fábricas de roupa 98% som mulheres, ocupando os homes os postos de encarregados e direcçom da fábrica. Pensa você que deveriam ser igualadas ambas percentagens?
a) Si, nom me parece bem que tantas mulheres ocupem postos de Direcçom.
b) Nom, os homes nom estám para coser.
c) Se as mulheres das fábricas cobram mais de 14 centimos a hora, devia haver mais
nen@s e menos mulheres.
d) Nom, os homes e as mulheres devem ter cada um/ha a sua ocupaçom diferenciada.

9.- A maioria da roupa juvenil destinada a moças está perfeitamente desenhada segundo os modelos estéticos e cánones corporais que se esperam das mulheres de hoje. Se começarmos a fabricar normalizadamente talhas grandes, e as modelos de publicidade forem mais “grossas”, pensa que contribuiriamos para minguar a pressom sobre as moças a respeito do seu corpo e para a desapariçom da anorexia?
a) Si, mas fomentaria-se a obesidade, e para isso está o Mc Donald´s.
b) Nom compraria nada anunciado por gordas.
c) O que importa é ir vestida com roupa de marca.
d) Nom, as gordas já tenhem tendas especializadas.

10.- Que lhe pareceu este inquérito?
a) Mais um dos que tenho feito.
b) Umha broma de mal gosto.
c) Umha escusa para denunciar a precariedade e exploraçom das mulheres.
d) Nom sei o que significa um “inquérito”.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home